Aterros
Construção do Aterro do Flamengo (1962)
A história do desenho da orla do Rio de Janeiro é uma história de corte e aterros, desmonte de morros e a colocação da terra sobre o mar, expandido as áreas edificáveis da cidade e construindo a natureza. Sobretudo durante o século XX, esse processo produz os espaços urbanos do beira-mar carioca e redesenha o contorno da cidade em relação às águas. O desmonte desses morros é também vinculado a políticas higienistas, tanto sanitárias quanto sociais (com a expulsão de populações de bairros inteiros), na capital federal.
As fotos, a seguir, são documentos do desmonte do Morro do Castelo (no começo da década de 20), berço da cidade. A terra do morro foi usada para a construção de diversos aterros, entre eles o espaço que mais tarde foi destinado ao Aeroporto Santos-Dumont (década de 30 e 40). A foto acima mostra a construção do aterro do Flamengo (década de 50 e 60) com o desmonte do Morro Santo Antonio (década de 50, foto abaixo). O projeto público do Flamengo, do arquiteto Affonso Eduardo Reidy e paisagismo de Roberto Burle Marx, constrói um parque urbano desenhando a orla, numa grande escala. O programa do Aterro possui passeios, quadras, passarelas, uma marina, playgrounds e campos de futebol; e tem um alcance metropolitano.
Infelizmente, a autoria das fotos aqui publicadas precisam ser verificadas, assim como a precisão de suas datas.
Desmonte do Morro do Castelo (final da década de 20)
Post enviado por Gabriel Kogan
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Tags:Aterro do Flamengo, engenharia, Parques Urbanos, Reidy, Rio de Janeiro, Território
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