10 mitos sobre a crise hídrica
Gostaria de desmistificar alguns pontos sobre a crise hídrica em SP, assunto que tangencia minhas pesquisas acadêmicas.
1- “Não choveu e por isso está faltando água”. Essa conclusão é cientificamente problemática. Existem períodos chuvosos e de estiagem, descritos estatisticamente. É natural que isso ocorra. A base de dados de São Paulo possibilita análises precisas desde o século XIX e projeções anteriores a partir de cálculos matemáticos. Um sistema de abastecimento eficiente precisa ser projetado seguindo essas previsões (ex: estiagens que ocorram a cada cem anos).
2- “É por causa do aquecimento global”. Existem poucos estudos verdadeiramente confiáveis em São Paulo. De qualquer forma, o problema aqui parece ser de escala de grandeza. A não ser que estejamos realmente vivendo uma catástrofe global repentina (que não parece ser o caso esse ano), a mudança nos padrões de chuva não atingem porcentagens tão grandes capazes de secar vários reservatórios de um ano para o outro. Mais estudadas são as mudanças climáticas locais por causa de ocupação urbana desordenada. Isso é concreto e pode trazer mudanças radicais. Aqui o problema é outro: as represas do sistema Cantareira estão longe demais do núcleo urbano adensado de SP para sentir efeitos como de ilha de calor. A escala do território é muito maior.
3- “Não choveu nas Represas”. Isso é uma simplificação grosseira. O volume do reservatório depende de vários fluxos, incluindo a chuva sobre o espelho d’água das represas. A chuva em regiões de cabeceira, por exemplo, pode recarregar o lençol freático e assim aumentar o volume de água dos rios. O processo é muito mais complexo.
4- “As próximas chuvas farão que o sistema volte ao normal”. Isso já é mais difícil de prever, mas tudo indica que a recuperação pode levar décadas. Como sabemos, quando o fundo do lago fica exposto (e seco), ele se torna permeável. Assim a água que voltar atingir esses lugares percola (infiltra) para o lençol freático, antes de criar uma camada impermeável. Se eu fosse usar minha intuição e conhecimento, diria que São Paulo tem duas opções a curto-médio prazo: (a) usar fontes alternativas de abastecimento antes que possa voltar a contar com as represas; (b) ter uma redução drástica em sua economia para que haja diminuição de consumo (há relação direta entre movimento econômico e consumo de água).
5- “Não existe outras fontes de abastecimento que não as represas atuais”. Essa afirmação é duplamente mentirosa. Primeiro porque sempre se pode construir represas em lugares mais e mais distantes (sobretudo em um país com esse recurso abundante como o Brasil) e transportar a água por bombeamento. O problema parece ser de ordem econômica já como o custo da água bombeada de longe sairia muito caro. Outra mentira é que não podemos usar água subterrânea. Não consigo entender o impedimento técnico disso. O Estado de São Paulo tem ampla reserva de água subterrânea (como o chamado aquífero Guarani), de onde é possível tirar água, sobretudo em momentos de crise. Novamente, o problema é custo de trazer essa água de longe que afetaria os lucros da Sabesp.
6- “O aquífero Guaraní é um reservatório subterrâneo”. A ideia de que o aquífero é um bolsão d’água, como um vazio preenchido pelo líquido, é ridiculamente equivocada. Não existe bolsão, em nenhum lugar no mundo. O aquífero é simplesmente água subterrânea diluída no solo. O aquífero Guaraní, nem é mesmo um só, mas descontínuo. Como uma camada profunda do lençol freático. Em todo caso, países como a Holanda acham o uso dessas águas tão bom que parte da produção superficial (reservatórios etc) é reinserida no solo e retirada novamente (!). Isso porque as propriedades químicas do líquido são, potencialmente, excelentes.
7- “Precisamos economizar água”. Outra simplificação. Os grandes consumidores (indústrias ou grandes estabelecimentos, por exemplo) e a perda de água por falta de manutenção do sistema representam os maiores gastos. Infelizmente os números oficiais parecem camuflados. A seguinte conta nunca fecha: consumo total = esgoto total + perda + água gasta em irrigação. Estima-se que as perdas estejam entre 30% e 40%. Ou seja, essa quantidade vaza na tubulação antes de atingir os consumidores. Água tratada e perdida. Para usar novamente o exemplo Holandês (que estudei), lá essas perdas são virtualmente 0%. Os índices elevados não são normais e são resultados de décadas de maximização de lucros da Sabesp ao custo de uma manutenção precária da rede.
8- “Não há racionamento”. O governo está fazendo a mídia e a população de boba. Em lugares pobres o racionamento já acontece há meses, dia sim, dia não (ou mesmo todo dia). É interessante notar que, historicamente, as populações pobres são as que sempre sentem mais esses efeitos (cito, por exemplo, as constantes interrupções no fornecimento de água no começo do século XX nos bairros operários das várzeas, como o Pari). A história se repete.
9- “É necessário implantar o racionamento”. Essa afirmação é bem perigosa porque coloca vidas em risco. Já como praticamente todas as construções na cidade têm grandes caixas d’água, o racionamento apenas ataca o problema das perdas da rede (vazamentos). É tudo que a Sabesp quer: em momentos de crise fazer racionamento e reduzir as perdas; sem diminuição de consumo, sem aumentar o controle de vazamentos. O custo disso? A saúde pública. A mesma trinca por onde a água vaza, se não houver pressão dentro do cano, se transformará em um ponto de entrada de poluentes do lençol freático nojento da cidade. Estaremos bebendo, sem saber água poluída, porque a poluição entrou pela rede urbana. Por isso que agências de saúde internacionais exigem pressão mínima dentro dos canos de abastecimento.
10- “Precisamos confiar na Sabesp nesse momento”. A Sabesp é gerida para maximizar lucros dos acionistas. Não está preocupada, em essência, em entregar um serviço de qualidade (exemplos são vários: a negligência no saneamento que polui o Rio Tietê, o uso de tecnologia obsoleta de tratamento de água com doses cavalares de cloro e, além, da crise no abastecimento decorrente dos pequenos investimentos no aumento do sistema de captação). A Sabesp é apenas herdeira de um sistema que já teve várias outras concessionárias: Cantareira Águas e Esgotos, RAE, SAEC etc. A empresa tem hoje uma concessão de abastecimento e saneamento. Acredito que é o momento de discutir a cassação dessa outorga, uma vez que as obrigações não foram cumpridas. Além, é claro, de uma nova administração no Governo do Estado, ao menos preocupada em entregar serviços público e não lucros para meia dúzia apenas.
Enfim, se eu pudesse resumir minhas conclusões: a crise no abastecimento não é natural, mas sim resultado de uma gestão voltada para a maximização de lucros da concessionária e de um Governo incompetente. Simples assim, ou talvez, infelizmente, nem tanto.
Gabriel Kogan é arquiteto e jornalista, formado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP; desenvolveu mestrado em Gerenciamento Hídrico no UNESCO-IHE (Holanda), onde pesquisou as origens históricas das enchentes em São Paulo.
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A questão é exatamente está, maximizar o lucro da Sabesp, para satisfazer os acionistas, mesmo que corramos um risco de colapso no sistema de abastecimento, o que importa é o lucro…..! Ou alguém acha que a Sabesp quer implantar racionamento para diminuir o faturamento, estão, como sempre rezando para. São Pedro!
7 bilhões de pessoas no mundo…E cada a população crescendo mais,certamente em nível mundial não se tem mais recursos naturais para manter tanta gente…a água muito em breve vai valer ouro…
temos 3 oceanos de agua doce no subsolo……..sera que vai faltar agua?
O estranho é que ninguém fala em usinas de dessalinização, utilizadas por exemplo em israel, sequer a mídia toca no assunto, parece proposital, é certo que o custo desde sistema é elevado, todavia, milhões foram gastos com a copa, logo vai aparecer soluções, a tão famosa regra de três ( o governo cria o problema, apresenta e vende a solução, e alguns ficam bilionários.
É porque pra eles é mais fácil retirar água da Billings e fuder o morador de São Bernardo, que não tem absolutamente nada a ver com essa situação, do que tirar o dinheiro dos lucros.
Nao existe lucro a longo prazo sem investimento, a sabesp pode e vai ter que investir no sistema de abastecimento, ate porque ela sempre vai possuir a maior parte das acoes.e sempre vai intervir na gerencia quando for necessario. A questao é que, já tem tanto problema em SP que fica difícil saber por onde exatamente comecar a resolver a crise de abastecimento
A velha/nova receita: sucatear, desprestigiar, privatizar
Antes privatizasse e desregulasse logo a economia para que não dependêssemos da sabesp e novos empreendedores e novas empresas pudessem trazer a solução, não mais este jogo político de agora.
Pesquise a situação dos municípios com sistemas autônomos (sem SABESP) veja se há algum melhor que a SABESP, pesquise outros estados, e veja quem é referencia no resto do país.
Não se iluda, vc sairá do mono´pólio estatal e cairá nas garras do privado, kkkkkkkkk, a energia elétrica por acaso é melhor?? Vc tem como escolher o teu provedor de serviços de energia elétrica???
Municípios com sistemas autônomos não quer dizer que os sistemas foram privatizados de fato, pois na maioria dos casos só muda o “estado” monopolista, ou seja, não é mais a SABESP (empresa pseudo privada, já que foi entregue a meia duzia de amigos e o governo ainda exerce enorme influencia e ainda mantem seu monopólio através de leis que impedem novos concorrentes independentes) e sim uma empresa que controlada pelo município que segue o mesmo modus operante descrito sobre a SABESP.
Caíra nas garras do “monopólio privado” apenas se o estado garantir esse monopólio, atraves de suas leis e regulamentações; se não houver intereferencia do estado (governo, municipal estadual ou federal), só acontecera monopólio se esse for muito vantajoso para o consumidor, do contrario, naturalmente surgiram concorrentes interessados nos consumidores insatisfeitos e nos lucros que eles podem proporciionar
Respondendo ao MARCO, moro em Jundiaí e lá não há SABESP.
O sistema de água e esgoto da cidade é 10x melhor que a SABESP:
Vejo que uma solução é a auto-gestão energética e de águas, sem depender de viéses políticos e financeiros. A tecnologia já está aí…
Guarulhos tem sistema municipal de água e esgoto. Já está em racionamento (16 horas sem, 8 horas com) desde julho de 2014. É empresa estatal municipal, nunca investiu em tratamento de esgoto e todos os córregos da cidade são esgotos fétidos ao céu aberto. O governo municipal que cuida e é uma porcaria. Aliás, Guarulhos já há 10 anos tem racionamento branco, pois a noite sempre se corta o fornecimento em 75% do município já há esse tempo todo.
Respondendo ao Marco, ha morej em Limeira e lá o sistema de agua e esgoto que é privado, funciona muito melhor que Sabesp.
Pode pegar água de outro lugar? Sim, mas faltando água em Itu, em Campinas, em Atibaia, e no vale do paraíba… não sobraram tantos lugares assim… vai bombear do São Francisco até aqui?
Não vai dar visto que as principais nascentes do São Francisco secaram… Um dia o ser humano vai perceber (espero que não seja tarde demais) que dinheiro não se bebe nem se come…
..mas compra comida e agua. No fim só sofre quem não tem dinheiro.
Com certeza… dinheiro não se bebe nem se come… Nosso planeta está sofrendo por que a ganância e a estupidez tomou conta de muitos da humanidade. Desmataram nossa Amazônia sem se preocuparem com os netos ou bisnetos e agora isso. Sem água não tem alimento, a vida animal está definhando também. Quem tiver dinheiro vai comprar água onde? Nas geleiras da Sibéria, que estão despencando também? Quem tiver dinheiro quando o pior acontecer tentarão comprar a proteção divina e vai acontecer o mesmo nos tempos do dilúvio: muita água e morreram todos. Hoje é só o inverso: “não fizeram caso dos avisos de Noé…” O aviso está sendo dado novamente… “não estão fazendo caso”…
O pobre Rio São Francisco também está seco.
Nascente do Rio São Francisco em Minas, abandonada. Perguntem ao Anastasia e ao Aecio o que eles fizeram pra proteger a nascente do S. Francisco. 8 anos não deu pra fazer nada? Só faltam culpar a transposição do rio no nordeste e mudar a geografia. Porque as pessoas aqui ficam se lamentando e chorando pelo São Francisco. Cade os responsáveis por cuidar das nascentes. É na serra da Canastra em Minas. O mesmo desgoverno. A nascente do Tietê tambémestá abandonada. Com eucalipto em volta. Um absurdo. Sou mineira e moro em São Paulo. Costumo dizer que governo do PSDB é governo de terra arrasada. Não cuidam das florestas, queimadas acontecem durante agosto a novembro em Minas impunemente, não cuidam de planejamento e cuidado com recursos hídricos, as praias de SP são poluídas. Veja ubatuda, aquela beleza sempre foi abandonada. Fizeram a estrada, mas nada de proteger as praias. E já vem o pedágio, logo, logo, outro antro de corrupção. E ainda cantam de galo: como disse Luciana Genro: o sujo falando do mal lavado. A Dilma está certa de responsabilizar o governo estadual. O serviço da Sabesp é vergonhoso. Solicitamos no nosso prédio em SPaulo, um laudo sobre uma água que apareceu no elevador do condomínio e eles deram um laudo errado, dizendo que era água potável, de mina. Foi uma loucura pra descobrirmos que havia uma caixa de inspeção que estava com vazamento. Foram 4 meses pra descobrir este problema. Terceirizaçao com incompetência e ações na bolsa. Só ganham eleição porque são protegidos por uma imprensa corrupta. E os ricos estão com bandeira do Brasil em janelas porque vão votar Aecio. Aquela “coisa” de MG que Minas já descartou. Nessa hora eles são a favor da reciclagem.
São Francisco também nao tem água. Estão sem navegação por causa da seca.
Porque não??? sendo que o Gás Natural vem pelos canos bombeados de muito mais longe, somente porque a água não gera tanto lucro é que não poderia ser bombeada de Longe???
Vai ter que trazer lá do Amazonas.
SÓ PESQUISA A CIDADE DE DUBÁI ,ERA UM DESERTO E NELE ESTÁ CONSTRUÍDO UMA DAS MAIORES CIDADES COM PREDIOS E ARRANHA CÉUS ;COMO ELES FIZERAM PRA FAZER AQUELE GRANDE LAGO EM DUBAÍ.Quando Dubai começou a se formar, parecia uma miragem. Do imenso deserto de areia, uma cidade foi surgindo. Uma cidade que hoje é sinônimo de modernidade, luxo e riqueza.
Dezenas de anos atrás, era difícil imaginar que este lugar um dia pudesse se transformar num dos maiores centros de investimentos do mundo.
Tudo começou com o petróleo, que trouxe muitos recursos. Com dinheiro sobrando, foi preciso apenas vontade e muita imaginação. Tudo lá é superlativo. Dubai tem o maior shopping center do mundo. O hotel mais luxuoso. E o prédio mais alto do planeta.
saiba mais
E agora, uma ilha verde plantada em pleno deserto. Com ajuda da irrigação artificial – é claro. A água é trazida de milhares de quilômetros de distância. Sem ela, em menos de um mês todas as árvores estariam mortas.
Do alto, conseguimos ver até lebres entre as árvores. E gazelas. Um presente para quem acordou às 4h.
Os administradores desse pais são todos uma grande farsa ;enganando a todos nós .sempre houve falta d’agua e a media compra essa historia do governo e encobre a incompetência e enganam a todos nós.
Esclarecedor, muitos especialisrltas deviam aprender slcom seu texto.
Ainda sou leigo no assunto.
Mas temos tecnologia o suficiente para explorar o aquifero Guarani?
Será que não seria um tiro no escuro, se mau administrou as represas?
É umas questão complicada, o que vejo de bom esclarecer ao povo e semear uma semetinha para juntos achar a solução. Por que se o povo não participar, desculpe vai piorar para privatizar.
Por que muitas das coisas não mudam por que os assuntos ficam confinados a meia dúzia de pessoas, especialistas do assunto tem a responsabilidade de abrir os olhos de quem é afetado, pelo menos tentar.
E A OCASIÃO PODE TRAZE A SOLUCÃO !!!
Gostei da sua colocação!
Temos sim, lembre-se que há não muito tempo diziam que a petrobras não teria capacidade técnica para explora-lo, agora está a pleno vapor!
Salvo engano, a cidade de Presidente Prudente já utiliza água do aquífero Guarani a algum tempo.
Além de Presidente Prudente, há outras cidades como São José do Rio Preto e Ribeirão Preto que também se utilizam do Aquífero Guarani para seu abastecimento hídrico.
As Veredas também estão secando em Minas Gerais.
grata pela analise.. Só queria informar que não é apenas na periferia que falta água. Moro no Alto da Lapa e tenho racionamento há seis meses.
honestamente, acho que seus 10 mitos também são mitologicos. mas indo direto ao ponto: vc acha que adiar o racionamento até as eleicoes, comprometendo o fluxo de caixa da empresa para os próximos anos, foi uma decisao que atende aos interesses do lado privado da empresa, ou ao lado público? em outras palavras, se fosse totalmente pública, a interferência política nao teria sido a mesma? E se fosse totalmente privada, a pressão dos acionistas nao teria feito a empresa proteger seus interesses de longo prazo?
Sim, o texto é um mitológico de mitos. O ponto é muito mais o interesse privado dos homens públicos, a pressão política. Há o interesse de Dilma em evitar os apagões, há os interesses de Alckmin em não racionar a água para consumo humano, há o interesse de tantos homens públicos na gerência da Sabesp que tem por missão de usar o dinheiro que não é deles no interesse de outros: o dinheiro deles não dependem da eficiência da empresa, mas é acrescido por quanto conseguem desviar.
Gabriel, tudo bom? Li seu texto no Diário do Centro do Mundo e vim aqui tirar um dúvida.
Sou de Bauru, interior de SP, e boa parte da cidade é abastecida com água do aquífero Guarani, porém 38% recebe água de um represa que esteve perto de secar esse fim de semana. O problema vem se arrastando há algum tempo e em outra ocasião o prefeito (que tem origens no ambientalismo) comentou que não seria possível ficar tirando água do aquífero, uma vez que demora séculos para a água chegar até lá. Mas no seu texto você fala de usar essa água.
Queria saber se o reabastecimento do aquífero é tão demorado e um uso indiscriminado pode ser mais danoso do que o uso das águas de superfície.
Obrigado!
E tudo continua como antes…. O governo continua o mesmo…. O pior cego é o que não quer ver…. Dulce de Aguiar Covre
Excelente! A questão envolve vários fatores e não pode se dar peso a um só. Espero que isso seja lido pelo governo, mas no governo tem alguém interessado nos nossos problemas ou no seu umbigo apenas? Alckmin acorda!!!! O poder foi feito para ser servido e não para se servir dele. Quando você morrer, pode ter certeza, nenhum carro forte brink vai chegar na sua frente. Se desapegue, atue para nossa sociedade, faça o melhor agora. Leia esse texto governador!!!!
A análise se restringe a São Paulo. Acontece que os reservatórios das represas hidrelétricas espalhadas pelo Brasil estão com capacidade média de 22%, ou seja, com pouco mais de água do que na época do apagão de FHC (16%). Portanto, uma análise mais séria expandiria o alcance das críticas, sugestões e apontamentos de responsáveis. Não estou defendendo o governo paulista ou a CETESB mas a análise feita é marcantemente tendenciosa e regionalizada como se o problema se restringisse apenas ao Estado de São Paulo.
Aliás, a Califórnia está vivendo o mesmo problema. Será que o problema de lá também se deve a CETESB?
Como você disse, a análise se restringe a SP. O mesmo problema não necessariamente tem as mesmas causas só porque ocorre em outros lugares.
Republicou isso em interacaoviva.
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tome ciencia
Muito bom o texto. Só digo isso.
Ou quem sabe, dentro dessa linha de buscar agua distante( fica caro e pode falhar pois a distante também pode secar) não é hora de pensar e ver exemplos de grandes comunidades instaladas em lugares secos; falo de dessalinização no Atlantico, que sem duvida é o manancial eterno mais próximo; o investimento seria caro, porem único.
Sinezio Antônio de Queiroz
Grave equívoco no número 2. Primeiro porque clima é diferente de tempo e não é necessário uma série de catástrofes mundiais num mesmo ano para configurar o fenômeno. Ainda assim, há eventos climáticos extremos de secas em cursos no meio oeste dos EUA e no oriente médio, além de outras regiões do Brasil. E redução da pluviosidade nessas regiões (assim como no Brasil) tem se dados ao longo dos anos e não apenas este ano. Há também outros eventos climáticos extremos, de enchentes e tornados/furacões mais intensos. As mudanças climáticas são uma realidade e não podem ser descartadas no caso de SP. Não que uma melhor gestão não pudesse considerá-las e minimizar o impacto.
Mais sobre como as mudanças climáticas já são uma relidade no planeta neste vídeo:
Você é técnico em lençóis freáticos ou geotécnico para afirmar que o aquífero guarani não é superficial? Há estudos que comprovem isso? Sua análise é superficial, política(em especial nos itens 7, 8, 9 e 10) e oportunista, se quiser discutir de maneira séria a questão, “ok”, o País agradece. Informação sim direcionamento da opinião não!
Parei aqui ; ” países como a Holanda acham o uso dessas águas tão bom que parte da produção superficial (reservatórios etc) é reinserida no solo e retirada novamente ” O cara vem comparar o sistema de tratamento da água de um estado de altitude média em torno de 700 m com um país baixo onde 30% do país tem altitude inferior ao nível do mar, todo o solo deles é encharcado, falácia falácia e mais falácia, muita betesteira para confundir o momento eleitoral, um país onde 27% do território é água. Sem contar outras diferenças ; territorio; 248 mil contra 41mil km2 44 contra 248 milhões de habitantes de São paulo e Holanda respectivamente.Esse cara é xarope metido a entendido.
Estamos com um problema generalizado de gestão em todo o Brasil então…..e a transposição do São Franscico? E as cachoeiras/ lagos que estão secado? Será que não tem relação com a expansão urbana e o desmatamento??
Muito interessante o artigo. Faltou somente lembrar alguns detalhes relativos a regulação dos serviços, que talvez sejam diferentes na Europa (ou ao menos na Holanda…)
(i) A obrigação de prestar os serviços de saneamento, no Brasil, é dos Municípios, e não do Estado, de forma que a Municipalidade terá, sempre, lá suas responsabilidades; (ii) O Município de São Paulo não possui fonte de água suficiente para abastecer a cidade. Por tal motivo contratou há décadas, em regime de Concessão, os serviços da SABESP, que lhe fornece e distribui água, além de tratar parte do esgotamento sanitário, (iii) diversos municípios do entorno de São Paulo (e.g. Campinas, Guarulhos, Jundiaí) estão vivendo a mesma crise, mas não integram o sistema da SABESP, demonstrando que a crise é genérica (independentemente dos partidos que administraram as empresas de saneamento e dos motivos que a geraram), (iv) a cidade de São Paulo passou anos sob um crescimento desenfreado e desordenado que, evidentemente, acarretou no crescimento descontrolado do consumo de água, mas jamais procurou adotar medidas de controle ou racionalização (e não racionamento) do uso da água. Novamente, e.g., impor a implantação de sistemas de água de reúso em empreendimentos novos ou prever concessões de incentivo tributário para quem implantar sistemas similares. Por fim, e sem nunca deixar de afirmar o óbvio: (v) Se a Sabesp tem lucro vendendo água e tratando esgoto, a ampliação dos serviços somente serviria para lhe dar mais lucro. A conclusão do artigo é, utilizando suas próprias palavras, simplista e, francamente, denigre todo o seu bom arrazoado. A Sabesp errou? Tudo indica que sim. Mas não errou sozinha. Municípios foram omissos por décadas e permitiram o crescimento de sua base de consumo sem jamais se preocuparem com a capacidade dos aquíferos que os atendem, sempre na esperança de que a Sabesp correria para lhes atender (ou quiçá compreendendo que o problema simplesmente não era deles). Nenhum novo empreendimento, nenhuma nova obra, e nem mesmo o desenvolvimento do Plano Diretor da Cidade levou em consideração a capacidade dos reservatórios que abastecem a capital do Estado.
A meu ver, a solução deste grave problema não passa unicamente pela crítica na condução dos negócios da empresa estatal, mas – fundamentalmente – na forma como todos nós tratamos a água. É hora de União, Estados e Municípios (sim, a CF de 88 afirmar que é obrigação de todos os entes tratar da água em seu artigo 23, IX) enfrentarem o problema de forma franca, aberta e fraternal. Até porque, esta crise de abastecimento chegou agora em São Paulo mas é vivida por larga parte da população do Brasil há anos. É o momento de se discutir um plano nacional (tal qual o um dia se pensou o PLANASA) para enfrentarmos esta crise que não se formou nem hoje, nem ontem, e nem será solucionada amanhã. É hora de deixarmos as pequenezas partidárias de lado, e a necessidade mesquinha de apontar culpados e compreender que o problema é maior que esquerda e direita, e que reclama mais do que “investimentos”. Reclama pensamento, planejamento, conscientização, racionalização e compreensão de que a água é finita, e de que para que haja crescimento das cidades no Brasil daqui para frente (e também de nossa economia), há que se levar em consideração a capacidade local de fornecimento de água, e encontrar meios de maximizar e otimizar sua captação, distribuição e uso. Do contrário, passaremos outra centena de anos debatendo o sexo dos anjos, sem resolver o real problema: Nós, e a forma como tratamos este bem tão rico, mas ainda assim, gratuito que é a água.
Disse tudo. O problema, alem de passar por orgaos publicos, tambem eh de cada individuo. Enquanto continuarmos lavando calcadas isso nunca se resolvera, especialmente em epocas de mudanca climatica como a que estamos vivendo. O texto original eh simplista e superficial (o que nao quer dizer que nao houve omissao dos orgaos publicos).
Alexandre David a sua colocação é perfeita. Parabéns!
Perfeito,argumentos realistas e imparciaias.
Boa contribuição Alexandre, mas e a perda de água por falta de manutenção do sistema? Se realmente for 30% a 40% de desperdício (o que eu não duvido), será que teríamos essa crise hoje? Quem é responsável pela manutenção do sistema não estava pensando em maximizar os lucros cortando os gastos?
Olá Guilherme. A manutenção da rede de distribuição é sim obrigação da Sabesp. Embora seus índices de perda seja considerado “razoável” dentro da realidade brasileira, é sem sombra de dúvidas muito grande dentro da realidade mundial. E muito há que ser feito para melhorar estes índices. Mas é necessário compreender dois pontos: UM -> A perda do sistema é integralmente absorvida como prejuízo pela Sabesp, afinal, o que se perde é água já tratada e não consumida e portanto, não paga. Assim é de seu máximo interesse reparar rapidamente qualquer vazamento. Desta forma, a crítica (elevada perda) procede, mas não o motivo (tentativa de maximizar lucros). DOIS -> A causa das perdas. Usualmente, perde-se água pois (i) a rede é muito antiga e apresenta danos e (ii) a Prefeitura realiza obras em locais próximos a rede e causa danos a rede. Com relação a idade da rede, é necessário apontar que cumpre a Sabesp e a Prefeitura criar um programa de renovação e planejamento da rede, instalando novas redes em bairros onde se pretende realizar o chamado “adensamento”, de forma a que os prejuízos sejam diminuídos. Mas isso exige investimento que deve ser custeado de parte a parte. Já com relação as obras, é necessário que a Prefeitura preveja em seus contratos o cuidado com a infraestrutura da Sabesp, e a obrigação dos contratados de reparar (ou ao menos informar rapidamente) onde houve rompimento ou dano a infraestrutura de saneamento. Você já reparou como toda rua recentemente recapeada rapidamente é “quebrada” pela Sabesp, Congás e etc para reparos? Isso ocorre pois as obras de recapeamento causam danos na rede subterrânea que é antiga, seja pela vibração excessiva das máquinas, seja por atingir mesmo a rede… O ideal seria um plano conjunto entre Município e Sabesp (e todos os demais envolvidos na prestação de serviços públicos tais como gás, luz, telecomunicações etc) para a recuperação do viário e da infraestrutura de subsolo conjuntamente. Dado que sonhar não custa nada, poderíamos aproveitar este momento de crise e inserção do novo Plano Diretor que prevê o adensamento de inúmeros bairros para exigir que se faça uma requalificação, readequação e atualização das infraestruturas de serviços públicos e viário, com as seguintes premissas: (i) levantamento da situação atual da capacidade de infraestrutura e do viário; (ii) projeção da ocupação do bairro nos termos do Plano Diretor; (iii) apresentação de projeto piloto de recuperação do viário local privilegiando nesta ordem (a) integração com transporte público (b) integração do transporte privado com as redes de transporte público (estacionamentos públicos, centrais de embarque desembarque etc); (c) criação de vias de acesso e passagem de transportes não poluentes e (d) criação de passagens e infraestrutura para a instalação dos equipamentos de serviço público tais como água, saneamento, luz, telefone, dados, tv a cabo etc, já dimensionados para o adensamento do bairro.
Na implantação destas obras, as concessionárias seriam convidadas a desativar suas redes antigas e realocá-las no novo sistema, preferencialmente subterrâneo. Com isto, o bairro poderia receber o adensamento sem se preocupar com o provimento dos serviços públicos (água inclusa), e o cenário urbano se livraria da confusão de infraestruturas subterrâneas e aéreas (sim, aquele emaranhado de fios horroroso).
Será que estou pedindo muito?
Boas e sábias colocações, David. Particularmente no que diz respeito a resolver o problema de forma franca, aberta e fraternal, deixando “as pequenezas partidárias” de lado. É aquela história: a Sabesp (no caso) não é totalmente santa, mas certamente não é totalmente vilã. O problema, o grave problema, é o fato de que questões como esta deveriam ser questões de estado, e não de governo. Porque enquanto forem questões de governo, estará sempre se pensando na próxima eleição, e em como o problema afetará o desempenho de seu partido. Sei que pensar deste modo – que problemas como este deveriam ser resolvidos deixando-se de lado as questões partidárias – é simplesmente uma utopia. Mas isso não impede nem a mim nem a nosso amigo David de pensar que a resposta certa seria esta. É muito gratificante, meu caro, saber que não sou apenas eu que pensa assim.
Ótimos comentários, Alexandre
Não tenho conhecimentos na área, mas de tudo o que eu li aqui, o que você escreveu é o que parece fazer mais sentido.
Sua colocação é perfeita! Os governos não aplicam o racionamento porque é impopular e os políticos só pensam em se reelegerem. Aliás todas as suas ações tem como foco manterem-se no poder. O povo não informado (ou de alguma forma são beneficiados) vai na conversa deles. Votam no partido que defendem, independentemente de ser competente ou não.
me corrija, por favor, se eu estiver errado.
obtive informações de que toda água potável do estado 70% são consumidos pela agricultura; 20% pela indústria e 10% consumo humano.
se os dados forem reais o governo deveria preocupar-se em primeira instância em reordenar o sistema de irrigação no estado…este projeto por si só reduziria drasticamente o consumo de água, sobrando para outros setores, que tb deveriam receber atenção do governo reduzindo os consumo ou a perda na distribuição da água que tb é grande. ponto final…
agricultura e pecuaria… pecuaria mto mais, considerando o qto se gasta para se produzir a msm qde de alimento… ninguem JAMAIS diz qto se usa de agua pra se produzir 1 kg de carne de boi…
Confesso que não sei os percentuais, mas sim, a agricultura e pecuária consomem bastante água. Não saberia dizer – e acredito que não – se dos sistemas que abastecem a capital. De qualquer forma, seria prudente criarmos desde já um programa nacional de incentivo a irrigação racional, com a implantação de sistemas de irrigação que preservem a água, como o gotejamento. É caro mas creio que se o Governo Federal e Estadual criarem linhas de incentivo e de crédito para este tipo de melhoria, secas no interior no futuro seriam evitadas ou ao menos teriam seu impacto bem diminuído (além de assegurar a capacidade de produção agrícola…). Infelizmente, não ouvi nem li nada a respeito disto…
Não é possivel extrair agua do guarani em grande escala. Não porque a água não seja suficiente e sim porque a retirada em excesso provoca sismos de pequena magnitude mas que podem fazer estragos.
Republicou isso em @brunorosa82.
Muito equilibrada sua opinião. Obrigada.
Eu, Cherrie Fisioterapeuta, Concordo com Alexandre David e repito com as palavras dele: A meu ver, a solução deste grave problema não passa unicamente pela crítica na condução dos negócios da empresa estatal, mas – fundamentalmente – na forma como todos nós tratamos a água. É hora de União, Estados e Municípios (sim, a CF de 88 afirmar que é obrigação de todos os entes tratar da água em seu artigo 23, IX) enfrentarem o problema de forma franca, aberta e fraternal. Até porque, esta crise de abastecimento chegou agora em São Paulo mas é vivida por larga parte da população do Brasil há anos. É o momento de se discutir um plano nacional (tal qual o um dia se pensou o PLANASA) para enfrentarmos esta crise que não se formou nem hoje, nem ontem, e nem será solucionada amanhã. É hora de deixarmos as pequenezas partidárias de lado, e a necessidade mesquinha de apontar culpados e compreender que o problema é maior que esquerda e direita, e que reclama mais do que “investimentos”. Reclama pensamento, planejamento, conscientização, racionalização e compreensão de que a água é finita, e de que para que haja crescimento das cidades no Brasil daqui para frente (e também de nossa economia), há que se levar em consideração a capacidade local de fornecimento de água, e encontrar meios de maximizar e otimizar sua captação, distribuição e uso. Do contrário, passaremos outra centena de anos debatendo o sexo dos anjos, sem resolver o real problema: Nós, e a forma como tratamos este bem tão rico, mas ainda assim, gratuito que é a água.
Obrigada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O item 10 não faz nenhum sentodo. Se uma empresa que vende água quer apenas o lucro, como ela conseguirá isso acabando com a água que vende??? O probkema da SBESP é o oposto disso, o problema ‘que é uma empres que, apesar de tercapital negociado na bolsa de nova iorque, é uma empresa pública, como a petrobrás, e por isso é usada como cabide de emprego, para manobras políticas eleitorais e para diversas outras coisas incompatíveis com o lucro.
Brubo meu querido, querias que todas as pessoas enxergassem as coisas assim! Parabéns!
O problema não reside na maximização dos lucros da sabesp, pois ela é uma empresa e vive disso, e sim no monopólio do fornecimento da mesma. Vende-se água pelo mesmo preço independentemente da oferta e demanda. E sim parte da culpa é nossa também. Temos que acabar com essa ideia que a solução parta de cima para baixo. Somos os responsáveis pelos nosso atos, mais ninguém. Todos temos de fazer nossa parte e gastar nossa água com cada vez mais eficiência.
Republicou isso em Florencio1's Blog.
Se a empresa esta voltada a rentabilidade dos acionistas, o investimento em um sistema que funcione é melhor e mais rentável do que correr o risco de um colapso do sistema pelo desperdício gerado pela falta de manutenção da infraestrutura de abastecimento. Seria muita infantilidade pensar que a culpa é exclusiva da empresa que faz o gerenciamento desse abastecimento imaginando que atrás de tudo o que ocorre, alguns porcos bem gordos e bem trajados riem dos mais pobres em uma imagem sátira e fantasiosa. Todos os itens citados como mitos são sim problemáticas reais que explicam a situação que vivemos, a falta de chuva, a falta de planejamento e gestão, o desperdício não só da grande construtora em suas obras mas também do seu banho demorado. Tem culpa pra todo mundo, precisamos combater esses problemas com consciência e atitude.
Acrescente-se, ainda, que o Estado de SP foge de suas responsabilidades ao não adotar o planejamento metropolitano, deixando para municípios pequenos e de parcos recursos (como Mairiporã, Nazaré Paulista, etc) a fiscalização e o planejamento de áreas de entorno das represas. O que temos hoje? Urbanização, ora caótica, ora elitista – mas sempre sem proteção das áreas verdes – e plantações de papel e reflorestamento, que são grandes consumidoras de água e monopolistas (o PSDB adora isso), espécies que não gostam de compartilhar o terreno com outras.
Se o Estado de SP tivesse um mínimo de decência, realizaria o planejamento metropolitano, considerando a construção de mais represas, fiscalizando e orientando a ocupação no entorno das mesmas e preservando as áreas de mananciais com mais rigor. A EMPLASA é um órgão inútil no desgoverno do PSDB.
O pessoal que relativiza isso está fazendo uma análise política equivocada. Precisamos, como qualquer outra região metropolitana (e SP é uma das maiores do mundo) de controle e planejamento. E o PSDB não faz isso.
Jogar isso para os municípios é desviar o foco: regiões metropolitanas são assunto do governo estadual.
Mas bem-feito para esse povo que perdoa tudo vindo desse desgoverno.
Até aqui andamos bem das pernas, mas agora é hora da cobrança, e vamos pagar de um jeito ou de outro!!! Cidades grandes demais não deveriam ser permitidas. Imagina!! vivemos os problemas de dimensionamento e escala, em todo o planeta.
Penso que os sistemas hídricos estão em colapso: Amazônia, Pantanal, Nordeste. Este último já é território em desertificação. Os aquíferos não estão recebendo água suficiente para fazer a sua parte e retroalimentação no ciclo da água. Tudo bastante e tudo misturado – sem falar na insensatez e descaso com o meio ambiente. Educação a favor da preservação de nascentes nos pequenos municípios é fundamental. Acredito que ainda há muito que se fazer em cada um dos 5.640 municípios brasileiros – ações pertinentes à localidade, contextualizada. Infelizmente, tudo indica que as cidades grandes darão um nó. Deixar políticas públicas de desenvolvimento na mão de políticos não leva a nada. Bom mesmo é se apropriar do conhecimento, das tecnologias sociais que constroem novas alternativas para a governança local, com participação efetiva da sociedade civil nas Escolas, Fóruns, Instituições, Cooperação técnica e acima de tudo cidadania proativa.
“[…] Outra mentira é que não podemos usar água subterrânea. Não consigo entender o impedimento técnico disso”
Discordo da afirmação. São Paulo até possui significativas reservas de água subterrânea. Ocorre que a geologia local cria condições de elevada concentração de ferro e alumínio na água subterrânea, acima dos padrões de potabilidade. A CETESB inviabiliza que muitos condomínios, por exemplo, façam captação de água subterrânea considerando as concentrações destes compostos, acima dos chamados “valores orientadores”.
Além disso, muitas áreas que no passado tiveram atividade industrial (Santo Amaro e parte da Móoca e Zona Leste) e áreas próximas a postos de combustíveis possuem além de metais, diferentes compostos orgânicos como benzeno, tolueno e organoclorados, representando risco para ingestão e uso dessa água.
Não há um impedimento necessariamente técnico, mas há um impedimento dos custos de tratamento (alguns casos as concentrações são microgramas por litro, o que torna muito difícil a remoção) e também da burocracia de se convencer os órgãos ambientais de que a água está segura para consumo (mesmo que não potável).
Prezado Gabriel Kogan, espero que vc aprofunde suas pesquisas sobre o tema e refaça sua opinião e sua postagem sobre a falta d’água. Os grandes culpados pela desertificação são o agronegócio e mineração, com desmatamento e extinção de ecossistemas. Observe que temos falta de água não apenas em São Paulo, como também toda região sul dos EUA e países no sul da África (veja as noticias internacionais), a situação está bem complicada e representa o colapso da ecosfera que estamos presenciando, e nada está sendo feito por nenhum governo… Pela sua análise parece que SABESP simplesmente poderia tomar outras ações, como por exemplo alagar uma nova represa (seria péssima ideia pois só destruiria mais um vale, aumenta o impacto ambiental) enquanto isso, a verdadeira solução seria um pacto nacional pela redução de danos ao meio ambiente, além da mudança urgente no Código Florestal, lembre-se que ele foi atualizado em 2012 autorizando que os fazendeiros cortem mais, matem mais árvores. Aqui em São Paulo, deveriamos impedir novos empreendimentos que queiram destruir as poucas áreas verdes que ainda restam.
Por favor verifique este aspecto, pela sua argumentação parece que economia e administração podem resolver tudo,,, primeiramente precisamos melhorar a saúde do nosso planeta se quisermos sobreviver!
abraço!
Desculpe minha ignorância, mestre. Obrigadíssimo.
Prezado Gabriel Kogan, espero que vc aprofunde sua pesquisa sobre este assunto e possa refazer sua opinião e sua postagem, que analisada de um ponto de vista ambientalista, contém comentários irresponsáveis. Atente-se que a SABESP poderia ser administrada de outros jeitos, não impediria a crise que estamos vivendo pois a causa desta crise é a indústria de agronegócio e mineração, que causam desmatamento, poluição e destruiição de ecossistemas, estas indústrias expadiram-se muito com o desenvolvimento econômico de diversos de terceiro mundo nas últimas décadas. O impacto da produção agricola tambem só aumenta, com a maior poluição decorrente do “desenvolvimento” tecnológico. O problema não é apenas em São Paulo – a seca também atinge o sul dos EUA, os países no sul da África e outras regiões, é um problema que nenhum governo no mundo realmente se propos a resolver.
Para resolver esta hecatombe que será a desertificação em SP, somente com um pacto nacional de preservação do meio ambiente, revisão urgente no Código Florestal Brasileiro aprovado em 2012 que apenas autorizou aos fazendeiros desmatarem mais ainda, foi um código que não avançou nada só retrocedeu. Se quisermos chuva em SP, vamos precisar arrancar o concreto do chão e plantar no lugar!!! Pois CHUVA é causada pela vegetação.
Vc sabia que 80% da vegetação original que cobria a superfície terrestre, ja foi devastada? Sabia que todos os anos, somando dados do mundo inteiro, 150 milhões de km2 de vegetação original são devastados, isso corresponde a uma área do tamanho do Acre?
Estamos realmente no final dos nossos recursos. Sua ideia de alagar mais um rio para fazer uma nova represa, é uma ideia que precisa ser revista urgentemente. O impacto ambiental de uma represa é a destruição de um vale por inteiro, estamos num momento que isso poderia significar danos ainda piores para nós.
Estamos caminhando para a privatização da água, o interesse de grandes empresas do ramo de bebidas como Ambev e Coca Cola é que os consumidores não recebam mais água potável por uma rede de distribuição, que exista somente a água engarrafada.
Os paulistanos deveriam perguntar-se por que burocratas encarregados da gestão de águas não preveniram a população da tragédia que secou torneiras de 15 milhões de pessoas. Do mesmo jeito que falharam as sirenes instaladas nos morros de Teresópolis (RJ) por não anunciarem chuvas que soterraram moradores no ano de 2012, falharam as autarquias encarregadas da administração de águas por não alertarem autoridades a tempo de providenciarem soluções efetivas para os problemas da seca, no lugar de medidas meramente paliativas como utilização de volume morto e racionamento com rodízio de bairros.
Está mais pra um projeto bem elaborado de estiagem na região mais populosa do Brasil, ocasionado por um crescente volume de rastros químicos nos últimos tempos em nossos céus ocultado pela própria ANAC. O dióxido de alumínio tira a umidade do ar e torna-se o ar próprio para uso das armas geoclimáticas. Tudo para o enfraquecimento econômico e início de comoção civil. Pq? Ninguém sabe direito! Conspiração maior é oq resta. Kkk
Li. Concordo com o autor do texto, mas o povo precisa de conscientização quanto ao excesso de consumo. Tudo requer grandes quantidades de água, tanto alimentos como bens. O mundo se tornou consumista. Sem a preocupação com outros povos, já que o Brasil, por mais que se reclame É UM PARAÍSO. Os grandes investidores que poderiam à muito tempo ter ajudado países menos favorecidos como a África, por exemplo. Ebola pode em questão de dias atingir o mundo , por falta de muitas coisas básicas , tipo saneamento. Responsabilidade de cada um de nós, que apontamos o dedo somente Para governantes. E nós, será que não é através desta crise cliente. Crimatica que vamos acordar? Vamos parar de culpar outros e todos de alguma forma vamos nos tornar uma só nação , uma só família?
Sou leigo no assunto, não sei se tudo escrito está correto.
Mas penso que adotar um racionamento oficial, pouparia o pouco da água que resta. Enquanto isso, um governo sério, poderia já investir em fontes alternativas para não depender do Cantareira. Águas do Guarani, retirar o sal da água do mar.. não sei ! Mas alguma coisa tem de ser feita.
Sinceramente dá desgosto pensar que a Sabesp para manter seu lucro, e o governador para ser reeleito ocultaram essa situação.
Texto pouco fundamentado e não apresenta possíveis solução, além de mostrar pouco domínio do autor. Está muito semelhante ao texto da relatora da ONU: “Acho que sim, não sou a única. Já falei com…” Acho que sim? De achismo está cheio por ai.
Lembrnado que SABESP é fruto de um monopólio criado pelo proprio ESTADO. empresas onde se aproveitam de concessões governamentais sem concorrência, É LOGICO que serão ineficientes.
Gabriel concordo em quase tudo com você, menos no seu primeiro argumento. Não se pode planejar/fazer um sistema pensando na pior hipótese. Se fosse assim, todas rodovias deveriam ser planejadas pensando em sua capacidade utilizada durante os feriados ou prédios construídos pensando em uma resistência a um tornado de categoria 5. Não é assim. Deve-se planejar de modo a ter um sistema que atenda estatisticamente 98% (por exemplo) dos cenários possíveis. E ter um plano de contingência que atenda aos outros 2%. Estamos na exceção do século e sem plano de contingência. Só podia dar nisso mesmo.
pessima contra argumentação .Água é uma necessidade básica e compara-la com rodovias é de extrema sensibilidade .Primeiramente pq no transito vc vive, sem água não, então é um bem que não pode ficar a merce de “Sao Pedro” .Segundo que ele questiona a falta de estudos que poderiam ter sido feitos para que essa estiagem em que estamos pudesse ser evitada ou amenizada .Por mais remotos que fossem as chances de estiagem extrema, como essa, um simples plano, que fosse pra ficar engavetado por muito tempo, poderia ter sido feito.
Guilherme nesse item você explicitamente deixa claro que o sistema deveria ser projetado para atender a estiagem do século. Mais uma vez digo que não dá pra ser assim. Dei um exemplo com rodovia, mas posso dar outros se tem dificuldade de entender a comparação. Vamos lá: todo sistema de saúde (necessidade básica) deve ser projetado para atender ao pico de enfermidades no inverno (por exemplo)? Não funciona assim. Nem aqui e nem em nenhum lugar do mundo. Se não concorda, pode dar exemplos que aceitarei mudar de opinião numa boa. Agora sobre o plano, se você ler com calma, verá que eu critico também a falta dele. Não existe um e deveria existir sim.
Republicou isso em Organizações Andiarae comentado:
Análise muito bem colocada, que diz exatamente o que eu e muitos outros já vínhamos repetindo: só chegamos a esta situação por conta da má gestão dos recursos por parte do Governo do Estado de São Paulo.
Concordo plenamente com o virtualcabecarealpe. É preciso melhorar bastante seu embasamento antes de sair criando posts interessantes como este. Além do que ele cita, tenho algumas ponderações que podem ajudar você e também os leitores…
Seus 3 primeiros argumentos, da maneira que são colocados, são tendenciosos. A mudança climática é SIM inequívoca para o Sudeste brasileiro e os períodos de estiagens intensas como esta tem sim relação com as alterações do clima. Se são apenas devido às alterações ANTRÓPICAS (devido a emissão de gases de efeito estufa), aí são outros 500. Realmente, o que se sabe atualmente é uma combinação de oscilações climáticas interdecadais que são intensificadas devido ao “aquecimento global”. Aliás, esse termo “aquecimento global” , não se utiliza mais… Neste ponto fica claro que, no que se refere ao clima, você precisa melhorar seu embasamento.
A estiagem em São Paulo ainda tem uma forte correlação com a umidade vinda da Amazônia que, com o aumento do desmatamento na área da fronteira agrícola e consequente aumento da temperatura da região Centro-Oeste, não chega nas mesmas proporções que em outros momentos.
Também não sei de onde você tirou que o efeito da ilha de calor não interfere no abastecimento do Sistema Cantareira. Novamente, não é porque está pertinho dela que não tem interferência. Como dito anteriormente, problemas que acontecem lá na Amazônia interferem aqui SIM. No caso das ilhas de calor, os padrões de circulação REGIONAL são completamente modificados, forçando a formação de chuvas convectivas na cidade e, consequentemente, modificando o ciclo hidrológico de outras regiões próximas, bem como seu balanço hídrico.
Quanto ao não chover nas regiões das represas, sua ideia está correta, porém também apresentada de forma incoerente. Primeiro porque o USO do SOLO é um dos fatores que mais interfere neste processo de “transporte” da água até os rios e, consequentemente, até as represas. As mudanças da cobertura do solo modificam completamente a “temporalidade” com que os processos acontecem. Normalmente, é visto um aumento exacerbado do escoamento superficial e, com isso, diminuição do processo de infiltração. Ou seja, em épocas de chuva, grande parte da água se desloca rapidamente para os rios e causam inundações. Já no período de estiagem natural (inverno), a água que era para ter infiltrado no solo e manter o chamado escoamento de base, não existe mais… E aí começa todo o processo.
Além disso, falar que a água do lençol freático chegará nas represas não faz sentido, porque isso acontece em uma escala de tempo que pode ser muito maior do que um ano. A complexidade deste tipo de abastecimento natural se dará pelas condições do complexo geológico, o qual ninguém nem lembra que existe.
Nos demais argumentos, concordo com quase tudo. Me chamou atenção apenas o fato do desperdício quanto às PERDAS, que é importantíssimo de se avaliar. Entretanto, temos que pensar que estas perdas existiram em todos os outros anos e não foram aumentadas neste ano em específico. Ou seja, isso não tem relação com a causa da problemática, já que se permanece praticamente constante nos anos em que tudo funcionou bem. Ou seja, esse é também mais um mito que se criou sobre a crise ATUAL, até porque, como você mesmo disse, um projeto desse tamanho leva sim em consideração as perdas…
Espero ter contribuído.
Só um comentário sobre o item 10: o maior acionista da Sabesp é o Estado de São Paulo, que inclusive detém mais de 50% das ações, então é o Estado que controla suas decisões e não os investidores. Isso não tira a culpa do governo pela crise (só aumenta ainda mais), mas dessa forma você está culpando os investidores, que tem uma responsabilidade muito menor do que a apontada pelo texto. Hahahaha. Sobre os custos das outras possibilidades, você conhece alguma estimativa destes??
Ok, mas qual seria a solução? Só li criticas! Qual seria a solução?
Existe uma coisinha muito simples chamada “visão de futuro” que poucos administradores possuem.Prestes Maia, Prefeito da cidade de São Paulo teve esta visão e suas obras , tidas como megalomanias à época, provam hoje que ele estava certo.
Com respeito à água, enquanto muitas cidades amargam sua falta e exigem racionamento, em Penápolis pequena cidade do interior paulista este problema não existe, pois ao longo dos anos – desde 1978 – seu Departamento Autônomo de Águas e Esgoto (DAEP) vem capitando e tratando a água do Ribeirão Lageado. Hoje, ele tem reserva suficiente para atender uma população de cem mil habitantes, quando a cidade conta com sessenta mil. O cuidado com a preservação da sua nascente e matas existentes nas suas margens, ao longo dos seus cinquenta e oito quilômetros, envolve todos os proprietários de terras ao seu redor que recebem orientação técnica do Consorcio Intermunicipal do Ribeirão Lajeado e apoio do Centro de Educação Ambiental. no sentido de permitir que o rio continue limpo e a mata ao seu redor preservada. Dan Robson, o eco esportista aqui esteve e assegurou que Penápolis possui uma das águas mais limpas do mundo, afirmação que comprova ser correta a afirmação de que “visão de futuro” é o que mais falta em muitos dos nossos homens públicos. Quem tiver curiosidade ou interesse procure no Google o site DAEP. preparados para ter uma excelente surpresa.
Excelente, parabéns pelas várias desmitificações que a imprensa tanto insiste em não abordar.
O artigo foi correto em muitos pontos, mas se esqueceu de mencionar que a falta de água é uma realidade mundial. Não é apenas consequencia de uma gestão ineficiente de um governo ou de uma empresa privada. É consequência direta da destruição do meio ambiente e do aumento desordenado das cidades e do consumo. O autor disse que pesquisou, mas talvez não tenha assistido ao documentário OURO AZUL. Lá vocês vão descobrir que para cultivar apenas UMA maçã se consome 99 (!!!!) LITROS DE ÁGUA. Portanto somos todos culpados e todos vítimas. E outro ponto, o autor se esqueceu de mencionar o desmatamento da Amazônia. O “rio aéreo” que traziam chuvas para o Sudeste foi parar onde? A conclusão do texto me pareceu tendenciosa ås vésperas de uma eleição para presidente.
Não concordo. Não é somente São Paulo que está sem água. Tem inúmeras cidades do estado que não dependem da Cantareira e não tem água. Franca tem o melhor tratamento de água e saneamento basico da America Latina e aqui também ficamos sem água. A nascente do rio São Francisco fica em MG e também secou.
Vai dizer que também é falta de planejamento? E o desmatamento da Amazônia que afeta nosso ecossistema, é mentira todos os estudos?
Algumas questões após o texto.
Se há como prever a chuva futura porque não fizeram isso para as hidrelétricas que hoje sofrem do mesmo mal e só não temos racionamento de energia por causa das termelétricas?
A sabesp é tão privada quanto as elétricas, petro, comgás. Todas tem obrigações com seus consumidores.Para todas existe uma agência reguladora federal e estadual. Porque não houve questionamento por parte da Agência Nacional de águas?
Existe legislação para exploração do aquífero?
No mais, sim a sabesp, e provavelmente não só ela, precisa reduzir as perdas.
Aumentar o uso de água de reuso
Procurar formas de captação.
E sim, também temos que economizar, já que o brasileiro usa o dobro de água que diariamente que é recomendado pela OMS (210L x 88L)
Politizar a questão e jogar a culpa no lucro é tentar justificar um problema que precisa ser discutido!
Corrétíssimo o comentário !! Parabéns ….
Excelente quando todos podem comentar. Em Ribeirão Preto – SP, município que encontra-se sobre um excelente lençol freático, o Aquífero Guarani, também sofre com o descaso da autarquia que explora o setor. Portanto, não se iludam, não se trata de privatizar ou não, falta gestão e não recursos. Quer seja onde for, falta além de tudo, vergonha na cara do poder público…
De maneira simples o autor descreveu todo o cenário da crise. Parabéns.
Concordo com os apontamentos, a gestão da crise do governo de SP (inclusive segundo a própria ONU) é de péssima qualidade. Mas o desmatamento na Amazônia está diretamente ligado a elevação da temperatura e diminuição das chuvas. São Paulo ficou 8 meses sem chuvas e com temperaturas recordes, desde o início das medições, no verão passado.
Não podemos jamais descartar as mudanças climáticas. Especialistas já estão falando em “êxodo urbano” em SP a partir do final de 2015.
não sei ate quando isso vai durar,mas aqui na grande sp ta cada dia mais difícil de viver sem água imagino que a culpa não e só dos governantes mas também da população por não saber a respeitar o meio ambiente as vezes acho ate bom que isso aconteça para ver se dão mais valor a os rios e também a natureza. Quando o ser humano humano for mais racional e deixar de destruir o meio ambiente isso não ira mais acontecer.isso e apenas o começo de muitas causas naturais que vai acontecer aqui no brasil e talvez no mundo inteiro se o povo não deixar de destruir tudo.
Simples: transforma a sabesp em autarquia, a exemplo do que fez com o Detran. Aí funciona, pois, tudo o que o governo toca vira MERDA.
O mais simples para resolver a falta de água em são paulo é canalizar a água da chuva para as represas em construção de novos esgotos e sistema de bobeamento…Mas os técnicos da Sabesp são muitos burocratas. E outra incentivar os moradores criar cisterna para captar agua da chuva mas sem pagar esgoto por isto…Cambada de idiotas de quem voces cobram esgoto da agua da chuva…
Nelson f. Vochidoski
Não há mundo para todos! Simples assim.
Associado a invasões em mananciais, associado a falta de educação ecológica, a falta de investimentos melhor, a falta de aplicação e fiscalização em todos os sistemas. Está tudo interligado.
Trabalho com área de infraestrutura e a culpa é nossa! Sim. Afinal o governo é reflexo do seu povo.
E sinceramente não acredito que irá mudar. Desisti da área de elétrica justamente pq as medidas sempre foram estancar os ferimentos e jamais foram de curar o sistema. Ocorre o mesmo com o restante.
Não adianta esperar as chuvas. Chuvas são estatísticas e não levam em consideração “n” fatores.
A falta de agua incidirá em em outros problemas. Qdo isso ocorrer vamos dizer que foi castigo divino
Isto tem que ser amplamente divulgado!
A represa de Paraibuna, que abastece o RJ, também está seca. Estão falando em usar o volume morto da mesma. Tambem é culpa do Alckmin e da SABESP?
O que fazer? Estamos em maus lençóis, de lama.
Os vampiros estão extraindo os últimos pingos de sangue existente no que restou de um corpo vibrante e cheio de fartura, essa terra amada, “onde plantando tudo dar” foram essa as palavras na carta de Pero Vaz de Caminha no descobrimento do Brasil? infelizmente o que foi plantado e multiplicou-se com maior abundância foi a corrupção e desonestidade essa erva daninha deu que só chuchu na serra e o resultado é este, um país lindo mais arrasado pela sede de poder de uma minoria inescrupulosa e sangue-suga, estão por todo lugar, desde o dono da padaria ao da quitanda, o atendente do posto médico ao guarda de rua, uma lástima, o que fazer? estamos testemunhando o início da da agonia, NOSSO PAÍS ESTÁ AGONIZANDO, estamos nos debatendo igual a peixe em rio seco buscando oxigênio, a grande massa, não tem como pegar um jatinho e ir morar em outro país, tem que morrer aqui mesmo, por isso, nada está sendo feito para mudar essa realidade, a quem interessa melhor? melhorar significa perder lucros, as grandes detentoras do controle de água luz e outros serviços oferecidos a grande massa, não tem interesse em perder dinheiro, eles, os donos sócios, não vivem aqui, não precisam respirar o oxigênio do Brasil, vivem em outro país, melhor, mas digno, pra quê se importar com esse país, vão extrair daqui o máximo que conseguirem de lucros e depois, como fazem os sangue-sugas mudam de lugar, O QUE ESTÃO FAZENDO OS GOVERNANTES ELEITOS COMO SALVADORES DA PÁTRIA, NADA, são tão corruptos quanto o sistema, não fazem nada, fecham os olhos, não vêem nada, estão alheios ao clamor da população. O que fazer, não há nada o que fazer, quem tem dinheiro se muda de país, quem não tem agoniza aqui até morrer implorando para Deus que lhes dê um paraíso por ter passado todo esse sofrimento.
a recuperacao de nascente de agua e simples , cumprir leis do desmatamento, das matas nativas, exemplos o eucalipio e natual da australia, e no brasio tem muitos, ele seca o solo brasileiro porque o clima e muito diferentte da australia. vamos plantar arvores nativas do brasil exenplos angico, pau brasil.coramadio, angilim pedra, cedro. araucaria. painera, tujuba. brauna jacare olho de moça, canela groça mangueia,bambu e muitas outras,. sao essas bombeia agua em forma de fapor para as nuvens , que retorna como chuva e filtra na terra. continuando a vida de todo ser vivo do planeta ; a seca so tem calor e pó
Pouca ciência sólida neste artigo. Sou obrigado a discordar de alguns pontos. Claro que eu acho q as represas poderiam estar em situação melhor se o governo fosse menos omisso. Mas a falta de chuvas é um FATO! Qualquer um que verificar dados da média de chuvas e compará-los com os anos de 2013 e 2014, verificará uma queda vertiginosa nas médias mensais de precipitação. Isso vale para o cantareira e vale para o Alto Tietê. Os reservatórios deveriam estar “preparados” para isso? Ok. Mas vamos lembrar que eles não foram construídos ontem, e sim durante a ditadura, com menos conhecimento científico.
Essa falta de chuva no verão (que era para ser a estação mais chuvosa) já está no segundo ano consecutivo, e é causada por um bloqueio atmosférico de alta pressão (deslocamento da ASAS), impedindo as conexões de umidade com a Amazônia (ZCAS e ZCOU) e a subida de frentes frias. Se está ou não relacionado com o aquecimento global, não posso afirmar, mas que nesses dois anos a temperatura do oceano atlântico sul está bastante acima do normal, isso é um fato. Já o altlântico equatorial está com temperaturas abaixo do normal, o que desloca a Zona de Convergência Intertropical para o Norte, diminuindo a quantidade de vapor que entra na Amazônia e que mais tarde seria canalizada para as regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Concordo que o governo tem uma boa parcela de culpa, pela omissão, por não ter feito racionamento antes, por não ter recuperado as bacias. Agora dizer que falta de chuva é mito parece coisa de gente que quer botar toda a culpa no governo.
Mais dados científicos, por favor.
to lendo aqui, que a “privatizacao” eh o problema, e esse eh mais um mito. Cia de agua em outros lugares do mundo tambem sao privatizadas. Para citar um exemplo, a cia de Agua de Hamburgo, Alemanha, a mais antiga da Europa, eh uma empresa de capital privado. http://de.wikipedia.org/wiki/Hamburger_Wasserwerke
alem do que, infelizmente, nao ha no Brasil empresa mais bem preparada no setor, do que a SABESP. Isso eh um alerta pro Brasil. Que as outras cias, facam o dever de casa, pois nenhuma, eh mais bem preparada e atende a mesma quantidade de gente, do que SP.
Que a distribuição de água em São Paulo (e em muitas outras cidades brasileiras) é falha, que os governos estão sendo negligentes, que as concessionárias estão querendo maximizar os seus lucros ao não fazer investimentos necessários para melhorar a distribuição de água, tudo isso é verdade. Mas não podemos fechar os olhos para um fato:
O clima está mudando. O regime de distribuição de chuvas está mudando. Eu não afirmaria com tanta certeza que não estamos vivendo uma catástrofe. Preferimos ignorar os sinais de problemas. É mais confortável…
Uma pergunta ao autor deste artigo: e a parte gerencial que cabe ao governo federal não sofreu crítica (mesmo que fosse para falar bem dele) por quê?
Há uma Lei, salvo engano de 1996 e nela cabe gerenciamento compartilhado entre ANA e Ministério do Meio Ambiente (pela União) e os Estados.
O governo federal tem agido corretamente ou demonstra incompetência nesta área também? (Pois na área energética o ministro anunciou aguardar a ajuda divina ontem).
Cara, você é DEMAIS!!!!
Seu post esclarece muitas questões e desmistifica aquilo que mais ouço ultimamente: “A culpa é da falta de chuva”!. Pois é, estamos próximos de assistir um êxodo urbano e o declínio do estado paulista. Literalmente: um divisor de águas na história deste estado!
todos falam reclamam , mas a realidade e uma so……..(CANA E EUCALIPITO)em poucos anos o estado vai virar um deserto como no nordeste………………………
Muito bom o texto. Na minha opinião você apenas se equivocou ao colocar a culpa do problema na maximização dos lucros da SABESP. Em um sistema de concessão de serviços públicos, obras que melhoram e/ou expandem a prestação do serviço têm o seu custo repassado na tarifa, inclusive com remuneração ao capital da concessionária que deixou de render no banco para realizar a obra. Em suma, se a SABESP tivesse feito tais obras, seu lucro não teria sido afetado em nada, quem pagaria por isso seriam os consumidores em forma de tarifa mais cara.
A burrice é tanta dos governantes e dos administradores que não se dão conta que se acabar a agua não terão de onde tirar o tão almejado lucro.
O planejamento moderno preve antecipadamente qual seria a demanda de agua necessaria para enfrentar uma demanda relativa a uma populacao estimada de uma regiao. Todavia as autoridades nao tem qualquer controle populacional que se permita um estudo serio, tampouco a invasao indiscriminada de areas de preservacao e nascentes, permitindo uma migracao incontrolada de pessoas em locais denominados mananciais, permitindo a fixacao destes migrantes consumidores de agua em locais expressamente proibidas. Com a destruicao dos mananciais, aumento indiscriminado de migrantes, se excede as reservas naturais e recursos hidricos e a sua regeneracao. Havendo ou nao chuva Sao Paulo tera que viver sem agua durante muito e muito tempo, os reservatorios nao vao se recuperar a tempo, ou nunca. A solucao e diminuir a demanda deslocando este excesso de populacao para os seus estados e cidades de origem, o Estado nao mais comporta estas invasoes. Sao Paulo para os paulistanos.
NWGailey Janeiro 2015
Excelente! E a primeira vez que leio algo que realmente faz sentido!
Sera que depois do aumento do valor da conta de agua, éla vai se normalizar ?
não é falta de água é falta de vergonha ,nossos governantes acham que aumentar as tarifas faz aparecer mais água . senhores governantes façam um trabalho de preservação das nacentes existentes , invista bem o dinheiro público so isso que precisa p/ resolver muitos problemas
Que influência há nessa estiagem o particular e vasto desmatamento ( particulamarmente no Estado de São Paulo e adjacências) acompanhado de substituição por eucalipto. E ainda, da vasta cultura e exportação de soja, cana, carne, etc,… ?
Bom dia!
Li em um post do Facebook que o desperdício na distribuição da Sabesp eh de 36%, e o restante vai 70% para o agronegócio. Qual a relação entre agronegócio e Sabesp?
Texto bom para conhecimento; só não entendi o comparativo com a Holanda, visto que lá a situação é totalmente inversa ( agua de mais em pelo menos metade do território ; o problema lá é de inundação e não seca; ao meu ver a única questão “aparentemente” similar seria no tratamento da agua para uso; sudeste do Brasil ( aquífero ), Holanda ( rio e mar ) ; uma subterrânea e outra a baixo do nivel do mar…..Obs: É só um comentário, não tenho base técnica sobre o assunto!
Excelente artigo, muito obrigada pelo esclarecimento!!!
Tá bom, tudo belamente descrito. A pergunta é: Vai faltar água em SP a partir de abril ou não devemos nos preocupar? A merda já foi feita e não tem volta (pelo menos a médio prazo). E aí? Corram pras colinas ou fiquem pois não vai rolar seca nenhuma e tem água garantida até a época das chuvas no fim de 2015 e começo de 2016.
Concordo totalmente com o conteúdo do artigo.
É dose para leão, o despreparo e ineficácia dos nossos governantes do passado e do presente. Espero que a sociedade brasileira acorde do seu sono profundo e quando houver eleições saiba escolher realmente os mais capacitados. A propósito deveria existir Vestibular para comprovar a capacidade dos políticos. Também todos os políticos deveriam passar por
um detector de mentiras, somente assim, iremos comprovar se são honestos.
Voce se esquece que o excentissimo Sr. Ministro disso que confiar em Deus é o caminho…se os politicos, empresários, SABESP, sei lá quem mais, deixou a população na mão, é só confiar em Deus que chova uns 3 meses sem parar, tipo um diluvio, para salvar São Paulo.
espero que essa reportagem seja públicada nos jornais, isso tudo é enganação ou melhor incompetencia politica , ou melhor , muitos envolvidos nessa pouca vergonha, desde o governo federal até as empresas como ANA, Ministérios etc, etc,, é uma vergonha o que o povo está passando. As passeatas, os movimentos deveriam ser pela incompetencia politica e não só pelo transporte inadequado e pelo preço da passagem, . Isso só nos dá vergonha , muita vergonha. O Brasil está regredindo, qdo outros estão rindo de nós…coitado do nosso povo. O POVO PEDE SOCORRO.
Esclarecedor, de fácil compreensão o que possibilita a todos a formação de uma crítica e de questionamentos a respeito de uma questão que e de todos! Muito bom!
Sempre o lucro sanguinário e voraz! Com a “crise hídrica”, verbas são liberadas em razão da emergência, gerando lucros para seguimentos que só o governo sabe !
“De um Limão fazem uma limonada” para os privilegiados !!!
Excelente artigo desmistificando e desmentindo a mídia avassaladora que insiste em culpar”nos ostros” pela situação extrema que vivência mostram.
A matriz energética do Brasil esta baseada nas hidroelétricas, e se as represas que produzem energia elétrica também estiverem com o nível de água muito baixo como acontece atualmente, e com a queda de produção de energia elétrica devido este fato, estamos sujeitos aos apagões o que tem ocorrido com frequência e sem energia elétrica também ocorre a falta de água porque é preciso de energia elétrica para o bombeamento de água para a rede de abastecimento em toda cidade. Sem chuva não teremos eletricidade nas tomadas e nem água nas torneiras. O problema da falta de água não acontece somente em São Paulo capital mas também em todo o interior e em toda região sudeste, mesmo as que não são abastecida pelo sistema Cantareira. Portanto se não houver chuva suficiente para encher as represas hidroelétricas e as de abastecimento de água estamos FRITOS.
Calma pessoal o mar é grande!! existem países que retiram a água do mar passa por um processo de dessalinização e transforma a água salgada em água potável. A Petrobras bombeia petróleo através de oleoduto do porto de São Sebastião no litoral até a refinaria de Paulínia, muito mais fácil com certeza é trazer água do mar para abastecer São Paulo pois a baixada santista está apenas a 60 Km. da capital.
Interessante o texto e os argumentos. No entanto, eu sempre leio com muita cautela textos muito rígidos como este. Acho que os especialistas e também a população em geral devem ter muita prudência ao serem lineares demais em suas avaliações. Questões ambientais, como a falta de água, não são lineares, são sempre multifatoriais. Há a parcela do mau planejamento dos governos federal e estaduais (e é grande, eu diria enorme), das alterações climáticas, da degradação ambiental, do gasto excessivo de água pelas indústrias, empresas, agronegócio e população. E para resolver o problema, todas essas frentes devem ser atacadas. Em um processo urgente de reeducação da população (que é tão importante quanto as demais frentes, independente da escala), tenho o receio de que um texto como esse pode ser encarado como uma forma de dizer que, individual ou coletivamente, não temos responsabilidade no problema. Seria apenas um problema de governo, de gestão. E não é. Não acham? Acho que a reflexão é válida. Gostei do texto em muitos pontos, mas confesso que acho estranho e contraditório ele falar de “simplificação” no “precisamos economizar água” e, ao mesmo tempo, ser simplista nas questões ambientais e mudanças climáticas. Gostaria de saber se o autor, como jornalista, teve a preocupação de avaliar o próprio texto nesse sentido.
Acredito que o governo federal deva assumir este caso e colocar em pratica o sistema de bombeamento de água do mar. Perto do que foi o rombo na petrobras, o investimento é troco. Temos de pensar que SP é o coração econômico do País. Trata-se de uma ” intervenção ” pois o governo de SP é Inerte.
Se houvesse livre concorrência no mercado de distribuição de água, talvez sequer haveria crise hídrica. Devíamos nos escandalizar não pelo lucro, que é normal em toda a atividade empresarial, mas sim pelo monopólio exercído pela estatal SABESP. O monopólio garantido pelo estado leva à ineficiência, altos preços e serviços ruins.
Excelente artigo, o autor só erra grosseiramente em propor a reestatização da SABESP em lugar do aumento da concorrência. Reestatizar não é solução, pelo contrário, é causar um novo problema. Observem o Rio de Janeiro, onde a CEDAE é uma empresa estatal, e a situação é tão ruim quanto a de São Paulo, porém foi ocultada durante a campanha eleitoral.
A solução mais eficiente seria o estabelecimento de uma rede de concorrência eficiente, que possibilitasse a entrada de qualquer player no mercado. A desburocratização e desregulamentação do setor levaria invariavelmente à criação de soluções locais e inventivas, além da pressão para que a SABESP modernizasse a sua estrutura, ou simplesmente saísse do mercado.
Chega de contar com um estado ineficiente, malintencionado e corrupto. Exijamos que a solução dos nossos problemas sejam dados por nós mesmos!
Do jeito que o governo trata da educação e da cultura, falta de água é refresco(!). Onde moro, canso de ver o pessoal enchendo e esvaziando piscinas de até oito mil litros a cada dois dias. Em um quarteirão só já identifiquei pelo menos seis dessas piscinas de plástico. Sem falar nas longas lavadas de carros e nas “vassouras d’água” para limpar calçadas.
Pode ser que isso não seja relevante, mas mostra muito claramente como a população não está nem aí para o uso de nossos recursos naturais.
Olá Gabriel, eu já ouvi dizer que, o aqüífero sob o estado de São Paulo estaria contaminado devido as inúmeras plumas de contaminantes que deixam seus resíduos sobre ele, é mentira ou uma meia verdade?? Outra dúvida é sobre a pressão nas tubulações, no texto o senhor diz que deve ser baixa, seguindo normas internacionais, mas se a pressão for baixa não possibilita ainda mais a entrada de contaminantes por diferença de pressão? Sou leiga no assunto, mas tenho curiosidade.
Tenho plena confiança no descaso dos agentes que deveriam estar monitorando a água. O Maior depósito do mundo de água doce não congelada é o Aquífero Guarani, aqui no Brasil. Em vários pontos, jorram poços para satisfazer as estrepolias de seus donos ah mais de 30 anos desperdiçando os recursos naturais assim como o governo desperdiça os recursos dos impostos. Estamos somente pagando o preço de termos, como governantes, duas facções o PT e o PSDB, falta agua na maioria das regiões do Brasil e o que pensam eles ( POXA, desculpe querer tanto deles, pensar…)
Não foi comentado que acabarão com as areas de nascentes dos rios as simples minas que tinhamos quando crianças perto.de nossas casas drenarao todos os terrenos para fazerem industrias e conjuntos habitacionais
Gostaria que fosse tão simples, mas infelizmente apesar das argumentações técnicas serem boas, a ideia de que não se fazem as coisas para maximizar o lucro da Sabesp não faz nenhum sentido. A Sabesp não é uma empresa privada. Ela é controlada pelo governo estadual que é o maior perdedor nessa crise hídrica. O prejuízo em reputação do governo estadual tem sido muito maior do que qualquer lucro que a Sabesp pode ter tido ou venha a ter. Hoje, o Governo Estadual sacrificaria QUALQUER lucro da Sabesp se isso resolvesse a crise hídrica.
O Esgoto tratado deveria voltar para as represas junto com a agua fluvial. Porque não se faz isso? Pelo menos deveriam começar a fazer isso nas areas proximas. Hoje assisti uma materia que o esgoto tratado é jogado num afluente do Tamanduatei….só poderia ser piada….mas não é.
Acho que não é apenas problema de gestão (simples assim como a autora cita), mas todo um complexo de fatores. Acredito que a falta d´água pelo Brasil esteja muito ligada à pecuaria e monoculturas pra alimentar o gado, quando se desmata quase 1/4 de nossas matas para sua produção. Sem florestas fica difícil de haver humidade, chuva, e não é só em São Paulo que está assim, aqui no norte do RJ nascentes e lagoas estão secando como nunca visto… em vários outros lugares a pluviosidade se apresenta extremamente desregulada, e não dá pra se falar de secas que acontecem regularmente de tempos e tempos na natureza naturalmente, já que a ação antrópica é gritande. Esse processo não está acontecendo de uma hora pra outra, mas sim lentamente nas últimas décadas só que estamos chegando ao estopim, pois é a agora que sentimos na pele a falta d´água. Se é culpa do governo e de gestão? Com certeza eles tem sua parcela de participação, são os própios grandes latifundiários, detentores da agroindustria e que tem interesses em financiar seus próprios negócios exploratórios. Agora todos consomem produtos animais, e muito mais, alimentamos o modelo existente…
Porque sera que o governo, nao educa a população na questão de economia de agua e de capitaçao hidrica residencial otimo exemplo e Israel que guarda boa parte da chuva seria os acionistas com medo da educação
Excelente! Tem que divulgar isso ao máximo, já divulguei por aqui!
Minha tese para tudo isso, bem como para todo mal que assola nossa sociedade, é realizar o boicote em tudo. Ex.: deixar de pagar a conta de água.. a população de um modo geral faria isso de forma organizada. Afinal a obrigação de fornecer água potável e condições de subsistência ao povo é do Governo, seja ele federal, estadual ou municipal. Todavia, não é isso que ocorre, e além de tudo outorgam poderes para Empresas privadas usurparem do nosso bem por décadas e ainda cobrando tarifas!!!
O relato apresentado esta bem elaborado e mal concluído quando simplifica a questão e tenta culpabilizar. É preciso analisar o planeta do ponto de vista da teoria de Gaia . O planeta não pode ser manejado só para atender os desejos humanos. E neste ponto a humanidade há algumas décadas esta exagerando no uso dos recursos naturais tanto em sua escala, quanto em sua diversidade e construiu grandes armadilhas para satisfazer cada vez mais a novos desejos humanos . Faltou floresta para muitas espécies animais, imagine quando põe fogo em grandes extensões de mata para produzir soja ou formar pasto, fazendo um paralelo com humanos, cidades inteiras de espécies animais são reduzidas a cinzas ,outro exemplo já faltou e aguá para imensos cardumes de peixes e falta água em condições ideais de sobrevivência aos peixes e muitas outras espécies aquáticas em rios lagos, mares, e em grandes extensões dos oceanos, poucos se importam com as atitudes humanas que impactam sobre as outras espécies. A seca certamente é resultante de vários fatores , aquecimento global, excesso de gases na atmosfera, industrialização , desmatamento record das florestas, A diferença é que em uma grande região do Brasil (vários estados os mais populosos industralizados e desenvolvidos isto assusta mais e gera muita mídia que é bom) incluindo uma grande extensão do oceano atlântico onde as chuvas se escassearam em 2013, 2014 e neste inicio de 2015 afetando a vida das pessoas. As culpas podem serem muitas. O futuro imediato pode requerer mudanças de hábitos, novas posturas em relação ao consumo em geral ,alimentos, combústivel, energia, ao descarte, mais respeito aos recursos naturais e as espécies que habita esta mesma casa que chamamos de terra. Na terra tem muitas casas, más como casa de todos a terra é unica deste planeta não dá para mudar.É hora de refletir, o problema ele não acorre pela primeira vez no planeta os eventos naturais severos conhecidos como seca nas ultimas décadas tem se intensificado mundo afora, pela primeira vez se abate sobre o sudeste brasileiro nestas dimensões, recentemente ocorreu na amazônia em duas oportunidades , e no extremo sul do Brasil, foi desastroso para as regiões atingidas houve pouca mídia, no caso atual é preciso discutir alternativas aos impactos relacionados a sobrevivência em condições extremas de um grande número de pessoas, manutenção das atividades econômicas essênciais , a seguridade da população, a seca no estágio atual já produziu muitos estragos imagine se prolongar ainda mais o nível de insegurança econômica que se abatera. Apesar de minha crítica inicial gostei do relatório fiz essas ponderações com a intenção de contribuir com todos que estão opinando neste tema abraços a todos e que volte a chover muito nos próximos dias e meses.
Discordo em apenas um ponto. “Doses cavalares de cloro”.
Isso poderia até ser verdade nos pontos imediatos à saída das ETA ‘s, mas deve – se levar em consideração a rede toda. Para manter a água “boa para consumo”, deve – se levar em consideração a rede toda, e não apenas o ponto mais próximo das ETA ‘s.
Estudo de redes comprova isso.
CRIA DIFICULDADES PARA ENCRONTRAR FACILIDADES
O Projeto Juquiá, engavetado há anos,
é rentável.
gabriel você não citou a degradação dos mananciais (derrubada das matas nativas ciliares, das matas nativas das nascentes), plantação de eucalíptos em grotas beiradas de rios topos de morro
Basta dizer que após a Sabesp assumir o tratamento de água em Guaratuba – Bertioga/SP, passamos a ter falta de água na temporada. Isso nunca aconteceu enquanto os moradores administravam.