Os perigos do rodízio de água

06fev15

crise1

A solução do rodízio de água em SP é péssima; trata-se simplesmente da medida mais barata para quem só sabe agir emergencialmente para tampar problemas:

1- Os canos vazios se tornam focos muito sérios de contaminação com a entrada de poluentes do lençol freático pelas fissuras.

2- Não é possível pressurizar um sistema todo em dois dias; parece que algumas pessoas nunca terão água (como já está acontecendo) nesse sistema. Já ficaria surpreso se conseguissem pressurizar a rede do centro de SP nesse tempo.

3- As perdas aumentarão, porque, ao repressurizar o sistema, rompem-se canos antigos. Calcula-se que as perdas aumentarão de 20 a 30% com isso.

4- Sem água os sistemas de esgotos não funcionam bem e há um aumento na concentração de poluentes, piorando ainda mais o problema de saúde publica já agravado pelo colapso.

5- Serviços públicos – caso não contratem caminhões pipa (que tem origem da água muitas vezes duvidosa, diga-se) – terão de fechar as portas. Isso inclui escolas e postos de saúde.

Outras medidas, muito mais eficientes e seguras, nunca entraram em pauta. Seria o caso, por exemplo, da instalação de medidores eletrônicos individuais que regulariam cotas fixas mensais para cada usuário. As principais cidades do mundo têm feito a substituição dos relógios antigos por novos há pelo menos uma década. É óbvio que não se faz isso do dia para a noite: “Estou aqui no meu Estado e fiquei pensando… será que vocês têm 5 milhões de medidores eletrônicos para pronta entrega amanhã?”. Todas essas ações pressupõe um mínimo de planejamento, bem… Isso parece faltar por aqui também.

Gabriel Kogan, 05/02/2015

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